segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Notas aromáticas em Óleos Essenciais - OE


Os óleos essenciais (OE) estão classificados em três níveis olfativos caracterizados pelo nome de Notas, que são: alta (ou topo/cabeça/saída), média (meio/coração/corpo) e de base (básica/fundo), referindo-se a volatilidade de um OE. 

Assim as notas altas são a primeira impressão olfativa, cheirando primeiro em um perfume e o que permanece e fixa o aroma são as essências de notas base, as quais serão sentidas por longo tempo; já as médias, são exatamente a alma, o coração de uma fragrância, e fazem o vínculo harmonioso, ligando notas altas à básicas e predominam assim que a nota alta se dispersa.
Cada óleo essencial é classificado por notas, dentro das famílias aromáticas e mais precisamente de forma individual; há óleos essenciais com notas intermediárias (ex.: base leve, média para básica), e outros com várias notas ao mesmo tempo (multinotas), também consideradas essências de ponte. A maioria dos livros de consulta à óleos essenciais traz a referência de qual nota pertence cada OE (havendo também divergências ou classificações pessoais conforme cada autor). 

Em geral, considera-se :
Nota alta : cítricos, mentolados, canforados, coníferas.
Nota média :  florais, especiarias, herbais.
Nota básica : amadeirados, terrosos, resinosos, doces/abaunilhados.

Mas não é só para a perfumaria que o conhecimento de notas aromáticas vale, mas quando pensamos em tratamento, em Aroma como Terapia (Aromaterapia!) como um todo, ou seja, tratamento emocional, vibratório e fisiológico ! As características abaixo servem como ponto de partida, pois cada família aromática e especialmente cada óleo essencial carrega consigo suas singularidades, devendo-se levar em conta outros mais aspectos.

Notas Altas - traz frescor, vamos imaginar o Cipreste ou um Limão e sua refrescância, limpeza, pureza... Os aromas de notas altas são os aromas mais voláteis, impetuosos, lúcidos, brilhantes, juvenis; são como a brisa que abranda no alto verão. São aromas que movimentam, despertam ! Grande parte tem ação solvente, adstringente e emoliente. Atuam melhor nos aspectos da mente consciente (acontecimentos presentes, instantâneos e periféricos). Agem rapidamente, guiam e ajudam pessoas que precisam suavizar a jornada, trazer luz, alegria, ânimo, leveza, flexibilidade, desapego, alívio, descongestionar, abrir "caminhos", pensamentos e a respiração. Pensando nisso tudo, dá para entender porque somem tão rápido quanto chegam.... são livres, leves e soltos ! "Acendem a luz" e concedem passagem ! 

Notas Médias - faz a ligação, vamos imaginar ou sentir um Ylang Ylang ou um Gerânio. Os aromas de notas médias corporificam, envolvem, enlaçam. Traz totalidade, característica da união harmoniosa a que são destinadas. A maioria destas essências é sedativa. Atua melhor nos aspectos da mente subconsciente (acontecimentos do passado com fácil acesso a recordar, crenças adquiridas, automáticas - nível mental intermediário). Essas essências exalam conforto afetivo, e propiciam virtudes para a resolução de questões ligadas, pois se as notas altas atuam pela abertura da respiração, aqui a abertura se dá à nível de coração, de completude. São sedutoras, envolventes, hipnóticas ! Em particular as notas médias florais, irão mexer positivamente com a libido, propiciando contato verdadeiro, entrega. Notas médias conectam, estabelecem vínculos (legítimos),  celebram a harmonia, beleza e autenticidade. A paz resultante é acolhedora, calorosa e compartilhada.

Notas Básicas - traz a estabilidade. Podemos lembrar do Cedro ou do Olíbano. Nesta nota estão os aromas que "permanecem", e nos remetem à valores hierárquicos :  familiares, ancestrais, religiosos, superiores. Nos organiza a partir de nossos apoios essenciais e estabelecendo conexão intuitiva. Traz profundo sentido de proteção. Razões pelas quais nesta classe olfativa está a maioria dos OEs usados nas práticas religiosas e meditações. Desenvolve confiança, firmeza, nobreza;  e liberdade responsável, freando compulsões e auxiliando estados mentais conturbados. Atua melhor nos aspectos da mente inconsciente (arquivos sem lembrança, memórias não codificadas). Muitos OEs de nota de fundo são viscosos, gosmentos, resistentes ! Estes OEs mais densos fazem um mergulho ainda mais profundo na  mente, rastreando as portas do inconsciente e trazendo à tona lembranças, insights ou sonhos, em geral são memórias de afeto, proteção, espiritualidade, poder pessoal; mostra à consciência aquilo que está guardado à espera de luz, acolhimento e significado; ao mesmo tempo em que desperta nossas fontes energéticas que sustentarão a permanência destes valores. Podem nos dar conforto em vários níveis, pois nesta classe está a maior parte das essências que nos dão suporte, chão, raiz. 

por Milene Siqueira do Blog Aromais.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O poder dos aromas

Antropólogos especulam que o homem já usava em seu corpo pomadas com fragrâncias feitas de óleos e plantas em 7000 A.C. Os gregos, romanos, egípcios e chineses usavam essências de óleos não apenas no banho e para se perfumar, mas também para curar. Atualmente, a aromaterapia trata do poder dos aromas sobre nosso bem-estar mental e físico.

Não sabemos muito bem como os aromas funcionam (além do fato de nossos nervos olfativos terem uma ligação direta com o cérebro, onde impulsos criados pelos aromas criam memórias quase que instantâneas); mas a sensação de paz, energia ou tranquilidade que os aromas podem proporcionar é praticamente viver um milagre.

Os aromas podem afetar seu humor,
sua memória, seu estado de ser.
 

A ferramenta principal da aromaterapia são os chamados óleos essenciais, extraídos de flores, frutos, sementes de plantas, folhas, cascas e raízes. 

Os árabes também eram especializados em produzir perfumes e óleos essenciais e por isso eram reconhecidos mundialmente por seus livros e tratados de Osmoterapia (ou Aromaterapia) que versavam acerca da confecção desses perfumes e óleos. As maiores bibliotecas espanholas, portuguesas e francesas ainda guardam valiosíssimos volumes e farta documentação sobre esse conhecimento fantástico.

Os indianos e tibetanos eram exímios manipuladores da Aromaterapia e a aplicavam em suas medicinas, as quais classificavam os perfumes em cinco categorias: repugnantes, picantes, aromáticos, rançosos e embolorados. A medicina tibetana afirmava que os perfumes têm um efeito especial no subconsciente, puxando todas as informações ligadas ao processo natural de autocura do indivíduo.